São Paulo terá 1.200 ônibus elétricos até o fim de 2025, anuncia prefeito Ricardo Nunes

Redação Publiracing
há 19 horas
2 min de leitura

A cidade de São Paulo está a passos largos para consolidar-se como referência nacional em mobilidade sustentável.

Durante o seminário “Caminhos para a Eletromobilidade Urbana em São Paulo”, realizado no dia 23 de setembro no Memorial da América Latina, o prefeito Ricardo Nunes anunciou a entrega de 120 novos ônibus elétricos à frota municipal, realizada no dia anterior. Com isso, a capital passa a operar 961 veículos eletrificados, sendo 760 a bateria e 201 trólebus, e deverá alcançar 1.200 unidades ainda este ano.

Redução de emissões e ganhos para a saúde pública

A nova frota representa uma redução anual de 10,4 mil toneladas de CO₂, equivalente ao plantio de 6,4 mil árvores por ônibus. Além disso, cada veículo evita o consumo de 35 mil litros de diesel por ano. Segundo estudo da Rede C40 de Cidades, a substituição do diesel por elétricos pode evitar até 388 mortes prematuras na capital.

“O diesel é tóxico, poluente e caro. Estamos substituindo por transporte limpo, silencioso e mais barato. Isso significa mais saúde e qualidade de vida para os paulistanos”, destacou Ricardo Nunes.

O impacto financeiro também é expressivo: a operação de um ônibus elétrico custa em média R$ 5 mil por mês, contra R$ 25 mil de um modelo a diesel. A economia anual pode chegar a R$ 240 mil por veículo.

Indústria nacional preparada

O presidente da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), Ricardo Bastos, ressaltou que o avanço de São Paulo é exemplo para o Brasil.

“A indústria de veículos eletrificados no país está mais forte do que nunca. Já produzimos ônibus elétricos padrão e articulados 100% nacionais. Esse movimento gera empregos, fortalece a economia e melhora a saúde da população.”

A diretora de Pesados da ABVE, Iêda de Oliveira, acrescentou que 370 novos ônibus elétricos já estão em linha de produção no Brasil para atender à crescente demanda.

Desafios e debates

O seminário contou com sete painéis que discutiram desde infraestrutura de recarga, modelos de financiamento até segurança na integração de carregadores em edifícios. Clemente Gauer, coordenador do Grupo de Trabalho de Segurança da ABVE, alertou para a necessidade de normas técnicas claras e alinhadas:

“A transição só será sustentável se conciliarmos inovação, viabilidade econômica e segurança. É essencial integrar a infraestrutura de recarga às edificações sem criar barreiras ao avanço da eletromobilidade.”

Rumo à meta zero emissões

A capital paulista reafirma, assim, sua meta de eliminar progressivamente o diesel do transporte público e se aproximar da neutralidade climática. Com a chegada dos novos veículos até dezembro, São Paulo não apenas terá a maior frota de ônibus elétricos do Brasil, como também se posicionará entre as cidades líderes globais em eletromobilidade urbana.

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