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Renault inicia produção do Boreal no Complexo Ayrton Senna
- Redação Publiracing
- 7 de out.
- 3 min de leitura
A Renault deu início à produção do SUV Boreal no Complexo Ayrton Senna, no Paraná, tornando essa unidade a primeira no mundo a fabricar esse modelo do segmento C.
Contexto e estratégia
O Boreal integra o plano estratégico Renault Brand International Game Plan 2024-2027, no qual a marca projeta investimentos e lançamentos alinhados a mercados globais. Ele se soma a modelos como o Kardian, Duster e Grand Koleos dentro da estratégia da Renault de renovar sua gama.
A planta paranaense foi escolhida para produzir o Boreal para 17 países latino-americanos. O lançamento comercial no Brasil está previsto ainda para 2025, com expansão para outros países da América Latina, Turquia e demais mercados a partir de 2026.
Investimento e palco de produção
Para viabilizar a industrialização do Boreal no Brasil, a Renault afirma que investiu R$ 2 bilhões no país. Esse desembolso faz parte de um ciclo mais amplo de R$ 5,1 bilhões, previsto para o período 2021–2025.
A produção começou com a presença de executivos como Thierry Charvet (vice-presidente de Indústria, Qualidade e Supply Chain do Grupo Renault), Mendi Ammad (vice-presidente industrial para a América Latina) e Ariel Montenegro (presidente da Renault do Brasil).
O Complexo Ayrton Senna detém reconhecimento internacional: é a única fábrica automotiva na América Latina reconhecida pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) como um “Lighthouse da 4ª Revolução Industrial” (4IR), por seu uso de tecnologias avançadas.
Segundo Mendi Ammad, nessa fábrica estão implementados recursos como inteligência artificial, postos conectados, gêmeo digital, impressão 3D e AGVs (veículos guiados automaticamente).
Sustentabilidade e certificações
A fábrica também se destaca por práticas ambientais. A Renault informa que o complexo é Aterro Zero desde 2016 e preserva 40% da área como mata atlântica. Além disso, afirma ter se tornado a primeira montadora no Brasil a autoproduzir 100% da energia elétrica usada a partir de fonte fotovoltaica.
O que se sabe sobre o Boreal
Plataforma e dimensões
O Boreal é construído sobre a plataforma RGMP (Renault Group Modular Platform), já usada no modelo Kardian. No entanto, suas dimensões são maiores: cerca de 4,56 m de comprimento, 1,84 m de largura, entre-eixos de 2,70 m e altura de cerca de 1,65 m.
O volume do porta-malas alcança 522 litros, superando os valores observados nos principais concorrentes do segmento médio.
Motorização e versões previstas
O modelo estreia no Brasil com motor 1.3 TCe turbo flex, com potência estimada em 163 cv (quando alimentado com etanol). O torque informado é de 27,5 kgfm.
A transmissão será automatizada de dupla embreagem (EDC) com seis marchas, aproveitando tecnologia já utilizada em outros produtos da Renault no país.
Embora o lançamento esteja centrado nas versões a combustão, há informações de que versões com certo grau de eletrificação — como híbridas leves de 48 V — poderão surgir futuramente.
Equipamentos e tecnologia de série
O Boreal será equipado com um pacote de recursos eletrônicos e de conectividade robustos. Entre os itens divulgados estão:
Sistema OpenR com duas telas de 10″, integradas com Google Automotive Services (permitindo apps como Maps, Spotify, Waze)
Sistema de som Harman Kardon, com múltiplos alto-falantes e modos de ambientação sonora
Pacote de 24 sistemas de assistência ao motorista (ADAS), incluindo frenagem automática de emergência, piloto adaptativo, alerta de saída de faixa e estacionamento automático
No mercado, o Boreal será posicionado para disputar com SUVs médios consolidados, como Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos. Alguns analistas estimam que seu preço de lançamento deva variar entre R$ 200 mil e R$ 230 mil.
Se a Renault conseguir escalar produção e entregar volume com qualidade, o Boreal poderá redefinir sua presença no segmento médio no Brasil e abrir caminhos para futuros modelos eletrificados no mesmo patamar.
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