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Diogo Moreira faz história: Brasil conquista seu primeiro título mundial na motovelocidade
Redação Publiracing
há 3 horas
3 min de leitura
São Paulo — O motociclismo brasileiro vive um momento histórico. Diogo Moreira tornou-se o primeiro piloto do Brasil a conquistar um título mundial de Grand Prix, ao vencer o Mundial de Moto2 em 2025. O jovem paulistano de 21 anos, já confirmado para estrear no MotoGP em 2026, encerrou a temporada sob forte pressão, garantindo o campeonato com um 10.º lugar na etapa decisiva, resultado suficiente após a queda do rival direto Manuel González.
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Para um país apaixonado por velocidade e que sempre brilhou nas quatro rodas, mas ainda sem coroas no Mundial de Motociclismo, o feito de Moreira representa um marco monumental — e inaugura uma nova era para o esporte no Brasil.
Quem é Diogo Moreira, o novo herói brasileiro das duas rodas
Nascido em 23 de abril de 2004 na cidade de São Paulo, Diogo Moreira sempre esteve rodeado de talento e ambição. Em 2019, aos 15 anos, foi vencedor na European Talent Cup logo como estreante, chamando a atenção do paddock europeu. Subiu para o JuniorGP e brilhou também na Red Bull Rookies Cup, com vários pódios e velocidade para lutar por vitórias.
A estreia no Mundial de Moto3, em 2022, mostrou que ele estava pronto para algo grande:
6.º lugar na primeira corrida, largando de 18.º;
pole position em Silverstone;
duas temporadas seguidas no top-8 do Mundial;
primeira vitória em Mandalika, em 2023.
Era questão de tempo para a trajetória explodir.
A adaptação à Moto2 e a virada rumo ao título
A Moto2 costuma ser um teste duro para qualquer iniciante. Com Moreira não foi diferente. Os primeiros resultados foram discretos, mas o talento começou a aparecer de forma mais sólida no meio da temporada:
primeiro top-4 na Alemanha,
cinco top-10 consecutivos para fechar o ano,
primeiro pódio na categoria em Barcelona.
A partir dali, 2025 parecia prometido — e cumpriu.
2025: a temporada que levou o Brasil ao topo do motociclismo mundial
O início do ano foi mais cauteloso, mas a partir de Silverstone tudo mudou. Veio o primeiro pódio, e então uma sequência impressionante:
disputa histórica em Aragão, perdendo por apenas 0,003s;
poles em Mugello e Assen;
vitória brilhante na Holanda contra Aron Canet;
triunfo na Áustria;
2.º lugar na Hungria;
três pódios e mais uma vitória na fase asiática.
O momento decisivo veio em Sepang: González caiu a três voltas do final e Moreira assumiu a liderança do campeonato. Na etapa seguinte, em Portimão, o brasileiro venceu de forma categórica, abrindo 24 pontos antes da final em Valência.
Precisando de apenas dois pontos para fechar o título, Moreira terminou em 10.º. González não pontuou. O Brasil teve assim o primeiro campeão mundial na história do motociclismo.
A ascensão de um novo ídolo nacional
O Brasil tem uma lista extensa de ícones do esporte — Pelé, Senna, Ronaldo, Marta, Barrichello, Barros — e agora acrescenta um nome que muda a história sobre duas rodas: Diogo Moreira, o novo #10 do país.
O paralelo com o futebol é inevitável: Pelé, Ronaldinho, Neymar e tantos outros usaram o número 10. Moreira carrega o mesmo número na moto — e agora carrega também o título mundial.
Ele é hoje o maior nome do motociclismo brasileiro desde Alex Barros. E promete ir além: em 2026, estreia no MotoGP como uma das revelações mais esperadas dos últimos anos.
E o público brasileiro poderá ver essa estreia em casa, no GP de Goiânia, de 20 a 22 de março.
Não há pressão imediata por vitórias, mas há confiança de que Moreira pode surpreender desde cedo — e tornar-se uma referência brasileira na categoria máxima.
Junto com Gabriel Bortoleto na F1, o Brasil volta ao mapa mundial do esporte a motor em duas das principais categorias.
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