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Expressas: AEA cria Fórum Estratégico de Engenharia para defender a indústria automotiva nacional
Jaroslav Sussland - jaros@revistapubliracing.com.br
há 20 minutos
2 min de leitura
Marcus Vinícius Aguiar, presidente da AEA
Iniciativa reúne executivos de montadoras e sistemistas e propõe fortalecer a engenharia local, com foco em biocombustíveis, bioeletrificação e ampliação dos centros de P&D no Brasil.
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A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) da qual a PUBLIRACING é parceira à mais de 15 anos, lançou, em São Paulo, o Fórum Estratégico de Engenharia, um espaço permanente de articulação entre indústria, governo e academia voltado ao fortalecimento da engenharia automotiva brasileira e ao adensamento da produção local de veículos, sistemas e componentes.
O evento de estreia, realizado no dia 16 de dezembro, reuniu cerca de 60 executivos de montadoras e sistemistas, em sua maioria líderes de engenharia, e integra o novo Planejamento Estratégico da entidade para os próximos anos.
Preocupação com a perda de relevância da engenharia local
Na abertura, o presidente da AEA, Marcus Vinicius Aguiar, traçou um panorama dos últimos 35 anos do setor automotivo nacional, desde a abertura às importações até a recente chegada de novos entrantes que operam com veículos importados prontos (CBU) ou montados em regimes SKD e CKD.
Segundo ele, este movimento tem enfraquecido a engenharia local.
“Estamos a assistir a um esvaziamento da engenharia nacional, quando os nossos profissionais detêm conhecimento tecnológico relevante, sobretudo em descarbonização veicular, com domínio em biocombustíveis e em soluções compatíveis com a realidade brasileira de abundância de fontes renováveis”, afirmou.
Everton Lopes, vice-presidente da AEA
Engenharia, descarbonização e bioeletrificação
O vice-presidente da AEA, Everton Lopes, responsável pela construção do Planejamento Estratégico e pela concepção do fórum, apresentou um diagnóstico do atual estado da engenharia automotiva no país e defendeu a retomada do protagonismo dos centros nacionais de pesquisa e desenvolvimento.
Um dos pilares da nova plataforma é a descarbonização da mobilidade, com ênfase em tecnologias baseadas em biocombustíveis e bioeletrificação, consideradas mais aderentes às condições produtivas e energéticas do Brasil.
Debate com governo, bancos e indústria
O lançamento foi marcado pelo painel “Como impulsionar a Engenharia Automotiva Brasileira”, que contou com representantes do setor público e privado, entre eles:
Margarete Gandini, do MDIC;
José Luís Gordon, do BNDES;
Igor Calvet, presidente da Anfavea;
Claudio Sahad, presidente do Sindipeças;
Gastón Díaz Perez, presidente e CEO da Bosch América Latina.
(Da esq. p/ dir.) Cláudio Sahad (Sindipeças), Gaston Diaz Pérez (Bosch), José Luís Gordon (BNDES), Margarete Gandini (MDIC / na tela), Igor Calvet (Anfavea) e Antônio Calcagnotto (AEA).
Na avaliação comum dos participantes, o reforço dos investimentos em centros de P&D é condição essencial para a retomada do crescimento da indústria automotiva nacional, sobretudo diante da transição tecnológica em curso.
Próximos passos
A AEA pretende realizar quatro edições do Fórum Estratégico de Engenharia por ano a partir de 2026, com o objetivo de produzir estudos técnicos e propostas estruturadas para subsidiar as políticas industriais do setor automotivo junto ao Governo Federal.
A entidade vê o novo fórum como uma ferramenta para reposicionar a engenharia brasileira no centro das decisões estratégicas da indústria, num momento de redefinição global dos rumos da mobilidade.
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