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Sertões 2022: Com a Toyota Overdrive, Lucas Moraes e Kaíque Bentivoglio são os mais rápidos do dia
Redação Publiracing
26 de ago. de 2022
4 min de leitura
Lucas Moraes/Kaíque Bentivoglio (Carros)
Sexta-feira abriu a programação do maior rally do mundo com a disputa do prólogo e Super Prime. Em dia ensolarado, Gabriel 'Tomate' (motos); André Hort/Idali Bosse (UTVs) e Lucas Moraes/Kaíque Bentivoglio (Carros) foram os mais rápidos.
A partir deste sábado (27) a caravana do Sertões BRB 30 anos parte para a primeira de 14 etapas do maior rally do mundo, que começa a desafiar os competidores com o percurso que liga Foz do Iguaçu a Umuarama, ainda no Paraná. São 366 quilômetros, 173 cronometrados atravessando fazendas de soja, com predominância de cascalho, alguns trechos de pedras e muitas lombadas. Com 7.202km pela frente até Salinópolis (PA), onde chega dia 10/9, ainda não é hora de arriscar tudo. Por outro lado, com o equilíbrio esperado para a disputa, é fundamental iniciar bem.
Equilíbrio, aliás, que ficou evidente nas disputas do prólogo e do Super Prime. Que serviram 'apenas' para definir a ordem de largada da especial de abertura, mas já levantaram poeira e deram uma prévia do que vem pela frente. Tanto um quanto o outro foram disputados em marcos de Foz - o primeiro no Parque Nacional do Iguaçu, junto ao estacionamento do acesso às Cataratas; o segundo no Marco das Três Fronteiras.
Gabriel 'Tomate'
Os oito melhores de cada modalidade no prólogo avançaram à disputa do Prime, em confrontos eliminatórios numa pista de 1.200m com traçados paralelos. Um circuito desenhado para garantir espetáculo e prender a atenção do público, como, aliás, foi o caso. Os vencedores ganharam o direito de escolher sua posição de partida - ser o primeiro a largar para o trecho cronometrado pode ou não ser uma vantagem nos ralis. O pó é uma desvantagem para quem não larga na frente, mas ter uma pista já marcada (não desgastada) pela passagem de outros concorrentes pode também ser uma grande vantagem
Nas motos, a final colocou lado a lado o atual campeão Adrian Metge (Yamaha) e o estreante Gabriel Soares, o Tomate (Honda). Com formação no motocross e experiência no Enduro FIM, o mineiro Tomate levou a melhor e ainda mostrou seu talento nos saltos e manobras.
André Hort/Idali Bosse (UTVs)
Nos UTVs, problemas mecânicos impediram o avanço de destaques como os atuais bicampeões Deninho Casarini/Ivo Mayer (Cam-Am Factory) à decisão do Super Prime. Bruno Varela/Gustavo Borotolanza (Varela Racing) até chegaram ao duelo decisivo, mas nem chegaram a largar. Melhor para André Hort/Gustavo Bortolanza (MH Racing).
Já entre os carros, Lucas Moraes/Kaíque Bentivoglio (MEM Motorsport) fizeram bom uso de uma das máquinas mais modernas e desenvolvidas do grid: a Toyota Hilux Overdrive T1+. Em um confronto de campeões, os de 2019 bateram Marcos Baumgart/Kleber Cincea (X Rally), melhores em 2020.
Do alto de uma das 7 Maravilhas da Natureza e Patrimônio da Humanidade: as cataratas do Rio Iguaçu, é possível ver outros dois países irmãos do Brasil: Argentina e Paraguai. Daí a inspiração para o nome da etapa: Florão da América! Um título que “abre os trabalhos” do maior rally do mundo trazendo o Brasil como parte fundamental e protagonista da América do Sul. Algo que muitas vezes nos esquecemos, devido à nossa barreira de língua com os “hermanos”.
Tecnicamente, a etapa segue pela região agrícola do Paraná, com destaque para os campos de soja, e pode ser descrita como uma etapa “técnica e traiçoeira” sendo predominantemente com piso de cascalho com alguns trechos de pedra lembrando as etapas do WRC. Ah! Se pudéssemos dar uma dica para os competidores seria: cuidem das costas! Essa etapa é recheada de “lombas”, lombadas tamanho cataratas do Iguaçu para sacudir os pilotos e navegadores.
Chacoalhadas à parte, a estrela da etapa são mesmo as cataratas. Começando pela origem do nome Iguaçu, que significa, em Tupi, “Água Grande”. Também pudera, as 275 cachoeiras que caem há quase 82 metros de altura tornam as quedas do Iguaçu a terceira maior do mundo em volume de água. Destaque para a “Garganta Del Diablo”, a maior delas com 700 metros de comprimento!
Mas, por traz dessa imensidão que cabe até a garganta do coisa ruim, fica escondida uma dramática história de amor. Conta a lenda dos povos originários da região que as cataratas foram formadas pela ira de um Deus, que se viu traído por seu grande amor: Naipi. Ao descobrir que a amada fugiu com o mortal Tarobá em uma canoa, o todo-poderoso “cortou” o rio Iguaçu, condenando os pombinhos a uma queda eterna. Imagem de milhões: Cataratas do Iguaçu
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