A categoria mais rápida dos ralis cross-country chega ao Sertões BRB 30 anos mais uma vez com força total e um grid de respeito. Na mais desafiadora edição de um rally que se torna o maior do mundo para celebrar as três décadas de história e o Bicentenário da Independência, a competição nos Carros tem tudo para ser de arrepiar. Com atrativos especiais: máquinas de última geração capazes de devorar a altíssimas velocidades os 4.381km de especiais e as dificuldades pelo caminho (7.202 quilômetros de percurso ao todo) entre Foz do Iguaçu (PR) e Salinópolis (PA). E a promessa de uma briga entre campeões.
Juntos, os irmãos Christian e Marcos Baumgart somam cinco conquistas no Sertões – quatro do primeiro (2016/2017/2018/2021) e uma do segundo (2020). Com Beco Andreotti e Kléber Cincea, respectivamente, como navegadores, eles seguem com as picapes Toyota Hilux V8 IMA T1 FIA e a impecável estrutura da equipe X Rally. Que alinha outro modelo semelhante para Sylvio de Barros.
Dispostos a voltar ao alto do pódio após vencerem em 2019, Lucas Moraes e Kaíque Bentivoglio (MEM Motorsport) alinham com um modelo que tem tudo para ser a sensação do Sertões BRB 30 anos: a novíssima Toyota Hilux V6 Overdrive, enquadrada internacionalmente na categoria T1 +. Campeã do último Dakar, ela traz rodas de maior diâmetro, maior largura da carroceria e curso aumentado das suspensões. Júlio Capua (R.Mattheis) também vai alinhar um T1 +.
Outro que é forte candidato a um lugar no pódio final é o Buggy Century CR6 de Marcelo Gastaldi e Cadu Sachs. O piloto disputou as duas últimas edições do Dakar com ele e, no Sertões 2021, depois de enfrentar problemas no início, mostrou o potencial do protótipo desenvolvido na África do Sul e equipado com motor Chevrolet V8.
Também há atrações nas demais categorias. Uma delas é o retorno de um dos pioneiros brasileiros nas provas de cross-country. Com cinco títulos do Sertões (três como piloto nos caminhões, hoje não mais em disputa; e duas como navegador nos carros), André Azevedo vai viver a emoção de atravessar o Brasil ao lado do filho, Lucas, na categoria Amigos, na qual ambos podem mudar de posição.
E numa modalidade em que piloto e navegador se completam com papéis bem distintos, tem quem vá fazer as duas coisas numa iniciativa inédita no Sertões. Três vezes vitorioso navegando para Guilherme Spinelli, o maior campeão entre os Carros até então com 5 títulos, Youssef Haddad resolveu passar para o banco da esquerda. E não terá ninguém a seu lado. Engenheiro mecânico de formação, ele resolveu encarar o desafio sozinho, com uma picape Mitsubishi L200 Triton. Vai pilotar se orientando com a ajuda de um sistema semelhante ao usado nas motos – a planilha, em forma de rolo, vai avançando por meio de um comando junto ao volante.
Cristian Baumgart
“Em uma prova como vai ser este Sertões, eu só quero pensar no final quando for o último dia. Temos que dar um passo de cada vez: fazer o melhor no primeiro dia, fazer o melhor no segundo dia, e assim por diante. Eu prefiro pensar em um dia de cada vez, focar em um descanso adequado, em uma alimentação correta, manter a confiança no nosso time, nos nossos mecânicos, em toda a nossa equipe de apoio. Serão 15 dias duríssimos, então eu prefiro dar um passo de cada vez. O objetivo não poderia ser diferente – claro que queremos vencer -, e para isso vamos precisar lutar contra todas as variáveis que aparecerem em uma prova tão especial como é o Sertões”.
Lucas Moraes
"O carro exige uma tocada diferente, tivemos a chance de conhecê-lo na Baja Aragón da Espanha. Sem dúvida nós estamos em ótima condição para brigar pela vitória. Estou me preparando há seis meses para o Sertões. Tem muita gente rápida, pelo menos umas sete oito duplas para vencer as especiais e brigar pela geral".
Marcos Baumgart
"Sabemos que são muitos dias e temos de fazer sempre o melhor. Todo mundo fazendo o melhor, o resultado vem. A equipe está completa, bem entrosada e experiente. A chave para o sucesso da equipe vai ser o trabalho dos mecânicos, de todas as pessoas no time, a parte mental e física em dia, a resistência, resiliência e superação a cada dia. Chegar ao final, por si só, já vai ser uma grande vitória”.
Youssef Haddad
"É a primeira vez que vou pilotar em competição, apesar de toda a quilometragem de testes e desenvolvimento com a Mitsubishi. Sofri muito por ficar de fora no ano passado e acompanhar de longe. E me deu a vontade de fazer algo diferente, não só participar de uma edição histórica. Não vou deixar de navegar, que é a minha especialidade. Sei que terei algumas dificuldades a mais, mas quero chegar ao fim".
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