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Março foi marcado por recuo na produção e nas exportações


O recorte isolado dos índices do primeiro trimestre, apontam para uma boa recuperação do setor automotivo brasileiro, sobretudo quando comparado ao fraco início de 2024. Porém, os dados apresentados em março mostram uma desaceleração na produção e nas exportações, enquanto os emplacamentos subiram às custas de vendas diretas e modelos importados, de acordo com o balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).


O ritmo produtivo em março, com 190 mil unidades, apresentou queda de 12,6% em relação a fevereiro, principalmente nas fábricas de automóveis e comerciais leves, com ajuste no nível de estoque da ordem de 8 mil veículos e redução das exportações. Foi o pior março desde 2022. No acumulado do trimestre, 583 mil unidades deixaram as linhas de montagem, 8,3% a mais que no mesmo período do ano passado, melhor resultado desde 2021.


Mesmo com um dia útil a menos que fevereiro, por conta do carnaval, março teve novo crescimento nas vendas, com média diária de 10,3 mil unidades, 11,3% a mais que no mês anterior. No ano, a média diária de emplacamentos é 7,5% superior à do primeiro trimestre de 2024.


Boa parte dessa alta, contudo, se deu em função de modelos importados. Estes representaram 61% do aumento das vendas no primeiro trimestre. Das 37,2 unidades vendidas a mais em relação aos primeiros três meses de 2024, 22,6 mil vieram de fora do país, sobretudo da Argentina e da China.


O total de vendas em março foi de 195,5 mil unidades, alta de 5,7% sobre fevereiro.

O volume acumulado no trimestre é de 552 mil autoveículos, 7,2% a mais que no ano passado. Mas as vendas diretas, em especial de locadoras, tiveram alta de 14 pontos percentuais a mais que o varejo.


Impactadas positivamente pelo crescimento de 120% dos embarques para a Argentina, as exportações brasileiras subiram 40,6% no trimestre, apesar da queda de 19% em março, na comparação com o mês anterior. A questão é saber se essa queda no último mês foi sazonal, ou se indica alguma tendência. Por enquanto, este é o melhor primeiro trimestre desde 2018 para as exportações.


Riscos aos investimentos

Durante a Coletiva de Imprensa, o Presidente da Anfavea falou da preocupação com o atraso na divulgação dos decretos que regulamentam o Programa MOVER, do esgotamento dos recursos para P&D e da não recomposição imediata do Imposto de Importação de 35% para eletrificados, fatores que começam a impactar negativamente os investimentos dos fabricantes de veículos.


Outra ameaça é um pedido de empresas chinesas ao governo federal para redução de impostos para produção local em CKD e SKD, o que seria altamente danoso aos fabricantes plenos nacionais, aos empregos e aos investimentos de toda a cadeia automotiva brasileira.


“Esses impasses podem comprometer parte dos investimentos anunciados, sobretudo num momento de grande tensão global, com as tarifas impostas pelo governo norte-americano impactando negativamente toda a geopolítica econômica global, inclusive o setor automotivo nacional e sua longa cadeia de suprimentos”,  

afirmou Márcio de Lima Leite.

 
 
 

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