Em 2021 o Brasil atingiu a marca de 34.990 veículos híbridos, híbridos plug-in e elétricos vendidos segundo a associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). Se compararmos com o ano anterior quando foram emplacadas 19.745 unidades, este número representa um aumento de 77%. Destas quase 35.000 unidades, 2.851 foram de veículos 100% elétricos, 8% do volume total. Em 2020 haviam sido apenas 810 veículos apenas a bateria. Estes números nos remetem a quanto ainda é atualmente pequeno o mercado de EVs no Brasil, porém, nos mostra, ao mesmo tempo, a velocidade com que esses números têm crescido e o potencial, especialmente para os grandes centros urbanos.
Com a instabilidade gerada pela guerra na Ucrânia, a típica volatilidade do petróleo veio à tona. O preço do barril que chegou a 139 dólares na primeira quinzena de março e pode chegar a patamares próximos de 200 dólares, segundo especialistas. Estes aumentos expressivos não são novidades em situações de crises internacionais. Porém desta vez pode gerar uma efeito colateral ou acelerador para os consumidores que estão na dúvida se devem ou não entrar definitivamente na eletrificação da sua mobilidade. Tudo isso somada às mudanças de comportamento e necessidades geradas pela própria pandemia que ainda vivenciamos.
Admitindo um preço médio de R$ 7,47 por litro médio da gasolina na cidade de São Paulo após o aumento das últimas semanas e de 92 centavos por kWh, podemos fazer um parâmetro de comparação do custo por quilômetro rodado entre veículos convencionais e EVs. Se um dado veículo faz 10 km por litro de gasolina e um elétrico similar consegue 4,5km por kWh de consumo, o custo médio por km é de R$ 0,75 para o carro com motor à combustão e de apenas R$ 0,20 para o eletrificado. O ou seja, circular com um veículo totalmente elétrico pode ser pelo menos 70% mais econômico que o veículo a gasolina, o que no atual momento econômico no Brasil é muito relevante.
Além do fator do custo de combustível, as montadoras estão disponibilizando cada vez mais modelos elétricos para melhorar suas médias de emissões gerais. Várias montadoras já anunciaram o fim de utilização de motores de combustão em futuros lançamentos. E mesmo que no Brasil tenhamos a opção do etanol no curto e médio prazo, a disponibilidade de novos modelos com motores convencionais, ou de combustão interna, com combustíveis vindos das matrizes clássicas tende a diminuir cada vez mais. Por isso, arriscaria dizer que além do interesse dos próprios clientes, existem agentes catalizadores que farão o processo de transformação da eletrificação acelerar a passos bem largos e rápidos ao longo dos próximos anos também no Brasil. Este processo se inicia mais fortemente no mercado premium, porém tende a entrar nos produtos intermediários com um ritmo mais rápido do que as próprias previsões recentes tinham como referência. Independentemente do que acontecer com as tendências de propulsão da mobilidade, hoje, o que mais esperamos, é o fim da guerra e paz entre Ucrânia e Rússia.
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