Os indicadores de produção, licenciamento e exportação cresceram em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a setembro, houve estabilidade nesses números, o que pode ser explicado pelo dia útil a menos, além de um dia perdido com as manifestações que fecharam estradas país afora no dia 31 de outubro.
“O ritmo diário de vendas vinha mantendo viés de alta, mas foi interrompido por conta das manifestações do último dia do mês, o que afetou todos os nossos indicadores. Sem essa questão, a média diária ficaria em torno de 9,5 mil unidades, mas ficou em 9 mil, um pouco abaixo dos 9,2 mil de setembro”, explicou Márcio de Lima Leite, Presidente da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Em outubro foram licenciados 180,9 mil autoveículos, 11,4% a mais que no mesmo mês do ano passado e 6,7% a menos que em setembro último. No acumulado do ano, o mercado está 3,2% abaixo de 2021, mas com a expectativa de virar o placar no último bimestre, com crescimento estimado de 1% e vendas de 2,140 milhões.
A produção acumulada de 1,962 milhão de autoveículos já supera em 7,1% o volume dos 10 primeiros meses de 2021. Em outubro foram produzidas 206 mil unidades, alta de 15,1% sobre outubro do ano passado e leve queda de 0,8% em relação a setembro. Em outubro houve algumas paralisações de fábrica por falta de componentes, além de paradas no dia 31 por conta de bloqueios em estradas.
Já as exportações são um capítulo à parte. Depois da forte queda de setembro em função de entraves logísticos, os números de outubro voltaram a patamares normais com a regularização dos embarques. No mês foram 42,8 mil unidades exportadas, volume quase 50% superior ao que saiu do país em setembro deste ano e em outubro do ano anterior. No acumulado dos 10 primeiros meses, as 406 mil unidades embarcadas representam alta de 32,4% sobre o mesmo período de 2021, com destaque para o forte crescimento em países como Chile, Colômbia e México.
A apresentação do balanço mensal foi transmitida diretamente da FENATRAN, no São Paulo Expo, maior feira de caminhões e transportes da América Latina. Os números de caminhões registraram aumento de produção e leve queda de emplacamentos em outubro.
“Além da empolgação de todos com a volta das exposições presenciais, a FENATRAN 2022 é um marco em termos de avanços tecnológicos de todos os tipos. Dentre eles, destaco a conectividade dos nossos caminhões, potencializada pela chegada do 5G ao Brasil, e principalmente a busca da descarbonização, através dos caminhões elétricos, movidos a gás e biocombustíveis, assim como os moderníssimos motores compatíveis com a norma Proconve P8, equivalente à Euro 6”, declarou Márcio de Lima Leite.
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