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Fenabrave projeta crescimento de 5% no setor de veículos para 2022


Fenabrave projeta crescimento de 5% no setor de veículos para 2022

De acordo com dados da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, em dezembro de 2021, todos os segmentos automotivos tiveram alta em relação ao mês anterior. Com isso, o setor, como um todo, registrou 337.623 emplacamentos de veículos, volume 13,99% superior a novembro.


Na comparação com dezembro de 2020, houve retração de pouco mais de 7%. No ano de 2021, o acumulado atingiu 3.497.077 unidades de veículos zero km comercializados, num crescimento de 10,57% sobre 2020.

José Maurício Andreta Júnior, Presidente da FENABRAVE
José Maurício Andreta Júnior, Presidente da FENABRAVE
“Os números estão bem próximos aos divulgados em nossas últimas projeções. O ano de 2021 foi complexo, em diversos aspectos. Ainda vivemos uma crise global, de abastecimento de insumos e componentes na indústria, e novos desafios têm surgido para o setor, como os constantes aumentos nas taxas de juros, que vêm impactando nos financiamentos”. afirma José Maurício Andreta Júnior, Presidente da FENABRAVE, recém-eleito para o triênio 2022-2024.

Automóveis e Comerciais leves

Apesar de bastante afetados pela instabilidade na produção, os segmentos terminaram o ano com crescimento em relação a 2020. No entanto, segundo Andreta Jr., a alta poderia ter sido maior, não fosse a crise global de abastecimento de componentes. “Nosso mercado tinha potencial para absorver cerca de 20% mais veículos do que os comercializados no ano passado”, diz. “A boa notícia é que, em dezembro, a indústria conseguiu finalizar muitos veículos que estavam à espera de componentes”.


O crédito, para esses segmentos, apresenta um índice de aprovação de 68%, mas o ligeiro aumento da inadimplência, nos últimos meses, e as elevações nas taxas de juros são pontos de atenção. “As instituições financeiras têm se mostrado mais seletivas na liberação de crédito”, pondera o Presidente da FENABRAVE.

Caminhões

Com quase 12 mil unidades emplacadas em dezembro, o segmento de Caminhões foi o que registrou a maior alta de emplacamentos, de todo o setor automotivo, em 2021. “O volume de transações estabilizou em um patamar alto. Além disso, há muitas unidades já comercializadas, no ano passado, que ainda devem ser entregues nos próximos meses”, diz Andreta Jr.


Ônibus

Este segmento vai, aos poucos, recuperando o mercado, perdido durante a pandemia e deverá ser favorecido por programas de transporte público, como o Caminho da Escola, do Governo Federal, ao longo de 2022. “O segmento oscilou bastante, durante o ano, mas tivemos os dois últimos meses de 2021 com altas acima de dois dígitos”, analisa o novo Presidente da FENABRAVE.


Implementos Rodoviários

Segmento que registrou, em 2021, o maior volume de sua série histórica. “Em 2013, quando havia apresentado o seu melhor resultado, até então, foram emplacadas cerca de 70 mil unidades. Em 2021, foram mais de 90 mil implementos rodoviários comercializados, num aumento de, aproximadamente, 30%”, afirma Andreta Jr., lembrando que esses veículos acompanham a demanda de Caminhões.

Motocicletas

A comercialização de motocicletas zero km continua aquecida e as montadoras têm conseguido reduzir o tempo de entrega que, hoje, está na média de 30 dias. “Em meados do ano passado, os compradores aguardavam até 120 dias para receber suas Motocicletas” , lembra Andreta Jr.


Apesar da redução da espera, o crédito apresentou piora no índice de aprovações, em dezembro, quando apenas 35% das propostas de financiamentos foram concedidas, contra 48% em novembro.


PROJEÇÕES 2022

A FENABRAVE também divulgou as projeções de emplacamentos de veículos para o ano de 2022. A entidade prevê uma alta de 5,2%, para todo o setor, este ano. “Nossos estudos apontam para o crescimento de todos os segmentos automotivos neste ano. Mas, é claro que situações conjunturais podem afetar essas estimativas, considerando que a indústria ainda sofre com a falta de insumos e componentes eletrônicos, que estamos diante de uma economia ainda turbulenta e iniciando um ano em que teremos eleições, que costumam criar um cenário de incertezas”, diz Andreta Jr.



 

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