Foi uma das “aquisições” sonantes do Campeonato de Portugal de Montanha JC Group 2023. José Lameiro, piloto e patrão da Diatosta, transferiu-se das lides do Ralicross para a Montanha e, aos comandos do seu Skoda Fabia Super Car, realizou uma época muito positiva. O piloto de Aveiro faz agora o balanço da temporada.
No arranque da temporada de 2023, quais eram as suas expectativas?
“Em 2023, no início, esperava sobretudo aprender e tentar evoluir, pois estava absolutamente consciente das dificuldades. O desafio era extremamente exigente para mim e contrariava todas as minha aptidões naturais. Nunca competira em asfalto e tenho uma dificuldade nata na memorização do traçado, algo absolutamente fundamental para se ser rápido na Montanha. Tem de se conhecer muito bem para confiar e atacar, pois não existe margem de erro. Erras, bates e, sendo assim, estava muito ansioso e nervoso. O primeiro contacto com a Montanha foi, garanto, assustador, mete muito respeito. Admiro muito esta malta, são endiabrados!”
Modalidade nova, desafios novos. Se tivesse de escolher “aquele momento” na época, qual seria?
“O maior desafio foi a Falperra, a mítica Falperra. Fazer aquela rampa dá um arrepio na espinha e foi a que mais adorei. nunca me imaginei algum dia a competir ali, alucinante, garanto! Foi espetacular e estou desejoso de lá voltar, com muito respeito!”
Quais os momentos menos felizes que enfrentou em 2023?
“Dos momentos desapontantes, foram problemas sentidos no motor, estamos a resolver, as rampas são muito mais exigentes para os motores e o nosso manifestamente não estava adaptado, agora confiamos que ficará bem. Faz parte da curva de aprendizagem pois também para a equipa tudo foi novo. Optei por continuar na DM Motorsport e com a IGV, em vez de mudar para uma outra equipa e sei que continuaremos a ter sucesso, temos valia para isso”.
E que balanço retira da temporada?
“Acabei por me surpreender com a nossa rapidez. Falhamos 3 corridas e ainda assim fizemos 12º à geral e Top 4 na geral dos Super Challenge, tendo ainda alcançado o pódio nos SC1. Ora, se levarmos em conta que fiz muitas das subidas com limitações, o balanço para mim é excelente. Não batemos nem estraguei o meu ‘rapaz’. O Skoda é um carro fenomenal e vai melhorar em 2024. Foi bom, este campeonato é duro, excelentes carros, excelentes pilotos, sendo assim estou muito feliz, muito contente por estar na Família da Montanha!”
A época seguinte está quase a bater à porta. Quais os planos e objetivos para 2024?
Em 2024, a aprendizagem vai continuar, obviamente. Ter fiabilidade mecânica para somar todos os pontos e ser mais rápido nas rampas em que competi serão os grandes objetivos. A melhoria continua está sempre presente comigo, estou sempre desassossegado, sempre a desafiar a evolução e em 2024 queremos ser mais fortes”.
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