A CNT (Confederação Nacional do Transporte), entidade máxima de representação do setor de transporte no Brasil, vem acompanhando com preocupação os registros de paralisações com bloqueios do tráfego em diversas rodovias do país.
A entidade informou que não apoia nenhum tipo de paralisação e reafirma o compromisso do setor transportador com a sociedade e com o inegociável direito de ir e vir. A CNT também esclarece que desconhece o teor da pauta desses profissionais.
Os bloqueios nas rodovias, alerta a Confederação, podem provocar sérios transtornos à atividade econômica, impactando diretamente o abastecimento das cidades brasileiras, em um contexto ainda marcado pela pandemia da covid-19. Poderá haver graves dificuldades para realizar o transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis - atingindo assim a produção, o comércio e, por extensão, o consumidor final.
A CNT conta com a ação dos governos federal e estaduais para assegurar às empresas de transporte rodoviário de cargas o seu pleno exercício. Nesse sentido, a entidade espera que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) - instituição reconhecida pela excelência na sua atuação - trabalhe, decisivamente, para retirar os bloqueios e garantir a segurança nas nossas estradas.
Nota de repúdio da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística - NTC&Logística, também manifestou total repúdio às paralisações “organizadas por caminhoneiros autônomos com bloqueio do tráfego em diversas rodovias do País, por influência de supostos líderes da categoria. Trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos. “
Em comunicado a entidade ainda disse que “Preocupa a NTC o bloqueio nas rodovias o que poderá causar sérios transtornos à atividade de transporte realizada pelas empresas, com graves consequências para o abastecimento de estabelecimentos de produção e comércio, atingindo diretamente o consumidor final, de produtos de todas as naturezas inclusive os de primeira necessidade da população como alimentos, medicamentos, combustíveis etc.“
Continuando - “Esperamos que as autoridades do Governo Federal e dos Governos Estaduais adotem as providências indispensáveis para assegurar às empresas de transporte rodoviário de cargas o pleno exercício do seu direito de ir e vir e de livre circulação nas rodovias em todo o território nacional, como pressuposto indeclinável para o cumprimento da atividade essencial de transporte.
As empresas de transporte rodoviário de cargas, desde que garantido o livre trânsito dos seus veículos, terão condições de assegurar a continuidade do normal abastecimento em toda a cadeia de produção e consumo para a tranquilidade de todos.
A NTC deixa claro que não apoia esse movimento, repudiando-o, orientando as empresas de transporte a seguirem em sua atividade e orientando os seus motoristas para em caso de bloqueio ao trânsito dos seus veículos acionarem imediatamente a autoridade policial solicitando sua liberação” - terminou o comunicado da empresa.
Já a associação brasileira de transporte e logística de produtos perigosos ABLT veio a público manifestar seu total repúdio a estes movimentos de interrupção de vias que causam graves prejuízos a circulação de mercadorias de toda ordem necessárias ao abastecimento logístico da sociedade, respeitando os direitos individuais desde que essas ações não impactem no direito de ir e vir.
Entende a ABTLP que, no momento em que ainda enfrentamos uma pandemia sem precedentes e que se busca a retomada da economia e empregos no país, essas manifestações em nada contribuem para a harmonia social e melhoria do ambiente econômico do Brasil.
A ABTLP como representante de um segmento expressivo no transporte de produtos perigosos, irmana-se à outras entidades representativas do transporte rodoviário de cargas, que também manifestaram repulsa a essas paralisações, e conclama as autoridades constituídas, nas diferentes esferas do poder, a buscar um diálogo conciliador e construtivo para o bem da sociedade brasileira.
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