Anfavea celebra investimentos no setor automotivo brasileiro
- Redação Brasil
- 12 de fev. de 2024
- 3 min de leitura

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) iniciou sua coletiva mensal de imprensa com a participação do Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Em pauta, os recentes anúncios de grandes investimentos de empresas do setor.
São aportes que já somam quase R$ 100 bilhões no atual ciclo (cerca de 20 bilhões de euros). Esse valor, que deve crescer em breve com novos anúncios, leva em conta investimentos em curso de montadoras instaladas no país, de novos entrantes e do setor de autopeças.
Alckmin destacou realizações do governo federal, com apoio do Congresso Nacional, que garantiram maior previsibilidade ao setor produtivo e credibilidade para investimentos, além da estabilidade econômica, com crescimento em curso. “Temos tudo para crescer ainda mais, por isso contamos com a longa cadeia automotiva para bater essa marca de R$ 100 bilhões de investimentos em fábricas, produtos, tecnologia e P&D até o fim da década, gerando empregos e renda para o país”, afirmou o Vice-Presidente da República.
Encerrando sua fala, ele ressaltou a importância de o Brasil sediar um novo evento automotivo em substituição Salão do Automóvel, como forma de retratar toda essa evolução pela qual vem passando a indústria automotiva e a mobilidade.
Em resposta, o Presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, garantiu que a entidade fará o que estiver a seu alcance para que este recorde de investimentos se concretize, e também para a realização de um novo evento automotivo em São Paulo, ainda este ano, focado em tecnologia de ponta, sustentabilidade, conhecimento e experimentação para o público.
Na visão do dirigente, todos esses movimentos recentes das montadoras confirmam a atratividade e vocação do Brasil como polo produtor e exportador dos mais variados tipos de autoveículos, máquinas autopropulsadas e componentes, além de tecnologias e soluções inovadoras.
“Além de credibilidade, segurança e crescimento econômico, é preciso previsibilidade para a atração de investimentos. E isso acaba de ser assegurado com a publicação do programa MOVER e com a recomposição do Imposto de Importação para modelos elétricos e híbridos. O MOVER traz uma política inteligente de incentivos à produção e P&D em solo brasileiro, com foco na descarbonização. A tudo isso se soma uma forte demanda reprimida no mercado brasileiro, que ainda tem um baixo índice de motorização per capta em reação a outros países”, afirmou Márcio de Lima Leite.
Janeiro fecha com mercado em alta e produção estável
O primeiro mês do ano começou com alta de 13,1% nas vendas, na comparação com janeiro de 2023. Os emplacamentos foram de 162 mil unidades, com média diária de 7,6 mil unidades, ante 6,5 mil de um ano atrás. A elevação foi impulsionada pelos automóveis e comerciais leves, com destaque para modelos importados, que tiveram 19,5% de participação, a maior em 10 anos. Também chamou atenção o recorde de participação de modelos híbridos e elétricos, com 7,9% de todos os autoveículos licenciados em janeiro.
Já os veículos pesados destoaram dessa onda de crescimento, com uma queda de 21,4% para caminhões e de 32,1% para ônibus. O motivo é que esses modelos tiveram forte ritmo de emplacamento em janeiro de 2023, em função dos estoques nas redes de modelos produzidos em 2022, ainda com tecnologia anterior à mudança da fase do Proconve, portanto mais acessíveis.
As exportações de autoveículos iniciaram 2024 em ritmo muito tímido, com 18,8 mil unidades embarcadas. É o pior resultado mensal desde o auge da pandemia, com retração em todos os mercados vizinhos, à exceção do Uruguai.
Com essa combinação de alta no mercado interno, elevação das importações e queda nas exportações, a produção de 152,5 mil unidades se manteve no patamar de janeiro de 2023.
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